


















- The Six Wives of Henry VIII (Rick Wakeman). Rick Wakeman por si só é conhecido como o Mago dos Teclados. Sempre tem um álbum conceitual, com início meio e fim. Com músicas marcantes e um discurso ou história que acompanha as músicas, Wakeman traz história de livros como Jornada ao Centro da Terra e As seis esposas de Henrique VIII para o cenário musical. Neste DVD, que é uma releitura antiga, Wakeman realiza um sonho dele e dos seus fãs que há mais de 36 anos ele tentava. Apresentar o espetáculo no Castelo Real de Hamptom. A luz, as músicas e o cenário e os arranjos deram ao DVD uma verdadeira emoção. Assim como em "Viagem ao Centro da Terra", Wakeman convida um narrados "Blessed" é o nome dele, que faz juz ao nome, porque realmente faz uma grande diferença ouvir o DVD e assistir com a narração da história. Não deixem de assistir.

-Jeca e a Égua Milagrosa (Amácio Mazzaropi). Filmes de Mazzaropi são os mais puros e engraçados. No Brasil ainda não conheço comédia tão sadia como a dele. Neste episódio uma disputa eleitoral entre dois pais de santo levam Jeca a encarar muita confusão. Sua falecida mulher, interpretada por Geny Prado, aparece como alma e consegue desvendar o paradeiro do filho do Coronel Arnaldo. Uma comédia romantica, com ação e aventura e o toque do interior do nosso Brasil, aquele clima de fazenda onde só se encontra em Mazzaropi. É um filme para toda a família, especialmente para as crianças que não tiveram a oportunidade de vivenciar uma época tão interessante quanto à retratada no filme.
- Johnny English (Peter Howitt). Rowan Atkinson é um dos meus comediantes favoritos. Ele, Mazzaropi e Roberto Bolaños formam uma trilogia que é insuperável na minha opinião. Neste espetacular filme, que é empolgante e engraçado do início ao fim, Atkinson, nosso eterno Mr. Bean, interpreta um agente secreto do serviço de inteligência do Reino Unido. Na verdade ele "sem querer" mata o agente e acaba ficando encarregado de descobrir quem roubou as jóias da coroa inglêsa. Muita coisa vai acontecer durante sua busca e no fim das contas não é que ele é um bom agente? Claro, não poderia ser diferente. É um filme muito engraçado e recomendado a todos em casa. Eu comprei duas vezes este filme. A primeira versão que eu tinha me tomaram, mas tudo bem, espero que ela esteja se divertindo com o filme e que se lembre de mim, mas a segunda versão eu não empresto mais a ninguém, pois é muito bom!
Candinho (Amácio Mazzaropi). Um filme muito interessante baseado no livro de Voltaire, chamado "Candido". Além de misturar o otimismo de Voltaire, Mazzaropi buscou inspiração bíblica para retratar seu personagem que é encontrado na beira do Rio que passa pela Fazenda Dom Pedro II, em Piracema-MG. Trata-se de um bebê encontrado como Moisés, em uma cesta, possivelmente abandonada. O filme é muito inteligente e conta com a presença de Adoniram Barbosa, que sem dúvida é um excelente comediante. Apeasr do filme ser preto e branco, arranca verdadeiras gargalhadas e nos traz uma mensagem positiva de que tudo o que se passa em nossas vidas e no mundo é para o melhor. Nada é feito para o mal. Na minha opinião o problema é que nem sempre queremos ver ou conseguimos ver o bem nas coisas ruins. Mas acho que assistir ao filme já é um grande exercício para a vida.
De Bico Calado (Niall Johnson). Um filme interessante, porém diferente dos que estava acostumado a ver com Rowan Atikinson. Neste filme, o "Mr. Bean" faz um papel de vigário, de pastor de uma comunidade de 57 pessoas apenas, na Inglaterra. Comprei o filme achando que era uma comédia, pois logo que vi "Bean" na capa pensei: "puxa, preciso mesmo de rir". Mas o filme não é tão engraçado. É um suspense, com mistério e romance. É intrigante, mas há maldade e cumplicidade no filme. Claro que como fã não poderia deixar de dizer que gostei, mas tenho certeza de que o filme não emplacará como outros personagens feitos por ele. A impressão que tenho é que toda vez que ele participa de um filme ele não é o protagonista, ele é mais uma escada, apesar do filme apresentá-lo como tal. Não sei, acho que o filme gira em torno dele, mas no fim ele fica meio de fora das cenas. É, no mínimo, curioso. Então, veja!
Chaves (Roberto Bolaños). É o seriado mais assistido no Brasil desde a década de 70, se não é, foi. Isso é inevitável, quem não gosta não pode dizer que o programa não fez sucesso. Também não se pode dizer que nunca viu, pois é impressionante como todos conhecem. A inocência e os bordões são o forte do programa. Um cenário que raramente muda (Uma vila-subúrbio) é onde tudo acontece na vida de um personagem que se diz ser uma criança de 8 anos e com seus "vizinhos" aprontam com os outros personagens, mais velhos. Fez tanto sucesso que até os dubladores do programa são conhecidos pelas pessoas. Uma série que entrou para a história que irá fazer 40 anos de sucesso. Roberto Bolaños descobriu, realmente, o segredo do sucesso e até hoje colhe os frutos. Existem disputas judiciais e outros detalhes sobre o programa, mas acho que o seriado é tão bom que não vale a pena ficar buscando e procurando as brigas pessoais. Acho que prefiro a inocência do programa ao saber que na vida real as coisas não funcionam assim.
Melhor é impossível (James Brooks). Este filme se parece muito comigo. Como sou um sujeito cheio de manias e um pouco sistemático, as vezes me sinto parte do filme. Obviamente que a caricatura do filme é feita para exagerar o personagem, mas é comum alguém ser um pouco metódico ou organizado em excesso. Filme com animais não faz meu estilo, mas este particularmente dá um toque comico e deixa as coisas mais suaves. Jack Nicholson é, por natureza, um dos homens mais charmosos da TV e isso nos faz curiosos para assistir e querer ser, ao menos uma vez na vida, tão fantástico quanto ele, especialmente com as mulheres. Eu bem que gostaria de ser um Jack Nicholson e duvidaria qual mulher não resistiria ao meu charme. Não deixem de ver esta comédia romântica que ensina muitas coisas na vida, principalmente para quem tem alguma dificuldade de relacionamentos.

O que resta do tempo (Elias Suleiman). Filme confuso, difícil de entender, cheio de cenas que vão e voltam. É necessário ter um bom conhecimento da situação do Oriente Médio, especialmente com relação ao conflito árabe-israelense, pois o filme é uma espécie de sátira da situação. O filme é contato em três momentos diferentes e o próprio diretor é o ator do filme em um determinado ponto no final. O filme é tocante pois é interpretado e escrito por alguém que viveu a situação, então é uma visão única, não é dada resposta ao outro lado, entretanto, uma forma tocante e de um humor pesado que nos faz pensar sobre a situação. Interessante ler sobre o filme antes e depois assisitir, especialmente para quem não tem costume com o tema. Recomendo, mas é necessário paciência e vontade de ver o filme. Fica a dica!
Portugal...Minha saudade (Amácio Mazzaropi). Mais um clássico. Dessa vez, o destino separa dois irmãos gêmeos. Um fica em Lisboa e o outro parte para Taubaté-SP. Um rico e o outro pobre e apenas se correspondem por cartas. A família em Taubaté goza de certo prestígio, mas isso devido ao filho que se formou e virou Doutor! Graças ao esforço e trabalho do pai, interpretado pelo inesquecível Mazzaropi. O problema é que a sogra do filho não aguenta a humildade do pai de seu genro e logo começa a confusão. Um filme leve, emocionante e repleto de cenas inesquecíveis de Lisboa e Taubaté nos anos 70. A cores, Mazzaropi dá um banho de produção. Não só por interpretar dois papéis ao mesmo tempo, mas por trazer um tema tão corriqueiro para a tela do cinema.
