segunda-feira, 7 de junho de 2010

Coisas (versinhos)

Quanta coisa,
Quantos dias,
Números, palavras, vozes e poesia.

De repente acordo,
Abro os olhos —
O pensamento já vagueia.

Sinto o dia
Antes mesmo de nascer,
E busco em palavras
O que o tempo não pode conter.

Não vale a pena,
Reclamo antes de levantar,
Por isso acordo apenas para
Depois retornar ao silêncio.

As horas passam,
Nada se move,
Rotina vazia,
Cotidianamente diferente,
Mas sempre a mesma.

Fecho os olhos de repente,
E vejo, invariavelmente,
O lugar onde minha alma deseja voltar.

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