Filmes

- O mistério de Kasbah (JOAQUIN NOTARIO e MARIANO BARROSO) Filme interessante, mas um pouco preconceituoso no que se refere ao Marrocos, os mouros, árabes e berbéres. Passa uma impressão negativa sobre a população do país, de que todos são embusteiros, caloteiros e que se aproveitam dos estrangeiros. No entanto, o filme é bem interessante e chama atenção pelo fato de ser uma produção espanhola passada no Marrocos. O filme é chocante em um determinado ponto, mas é conduzido no final a um romance.



- Ushpizin (Gigi Dar) Ainda estou para conhecer um filme melhor do que este para retratar os poderes de D'us. O filme nos mostra que milagres existem e que eles podem acontecer com você. Uma família simples, humilde, ver o curso de sua vida ser mudado diversas vezes, mas a fé da família nunca foi deixada de lado, por mais que fosse possível romper a aliança com D'us. O filme nos ensina ainda a respeitar o próximo e que começar do zero é possível. É um filme emocionante, mas não é religioso, como muitos pensam. Uma trilha sonora que é encabeçada pelo clássico de Adi Ran, Atah Kadosh! Vale a pena conferir e assistir mais de uma vez. Eu tinha o filme, mas foi levado por um grande amor que tive na vida. Nem o filme, nem o amor voltaram pra mim!


- As Loucas Aventuras de Rabbi Jacob (Gérard Oury). Uma comédia irresistível, francesa, com uma dose de humor certa onde mistura Nova York com Paris, um chefe complicado que não gosta da religião do seu motorista, mas que no fim das contas acaba sendo salvo pelos judeus. O filme tem uma trama muito gostosa e divertida e traz no elenco um ator divertidíssimo que é Louis de Funès. O seu jeito de interpretar e as onomatopéias que ele emite é realmente impagável. O filme é dos anos 80, se não me engano, mas parece ser atual e muito saudável pra quem quer rir e se divertir em casa.



- Maomé, o Mensageiro de Alah (Moustapha Akkad). Filme muito interessante para aqueles que querem conhecer o islamismo, a história do surgimento de uma das religiões que mais cresce no mundo. O filme é muito bonito, cheio de mensagens e significado do profeta Mohammed. O mais interessante e que me chamou a atenção no filme é que, tendo em vista o respeito e a admiração pelo profeta, o filme, em momento algum, mostra a face de Mohammed. Quando a cena é diretamente relacionada a ele, a camera fica em primeira pessoa, dando a impressão que o telespectador está no mesmo lugar que Mohammed. Achei muito interessante e extremamente respeitoso. Obviamente que as vezes ficava agoniado por não ver o ator que o representaria, mas depois de certo ponto do filme você se acostuma. Vale a pena conhecer a história de um profeta tão importante como Mohammed.

- A lista de Schindler (Steven Spielberg). Quem não se emocionou com este filme? É sem dúvida um clássico do cinema e um filme assistindo por muitas pessoas. A bravura e o sentimento de Schindler nunca será esquecido por judeus de todo o mundo. O que ele fez para salvar mais de 4.000 judeus da morte não foi feito por empresas, países ou organizações daquela época. Ele sozinho conseguiu preservar famílias, salvar vidas e arriscar sua própria existência em prol de milhares de pessoas. O filme mostra os momentos de negociação, a época do Schindler boêmio e depois sua mudança de pensamento e postura, juntamente com seu assistente Stern (judeu) que contribuiu para o sucesso das operações elencadas por ele. É um clássico de Spielberg e dos cinemas!

- A pequena Jerusalém (Karin Albou). Filme francês lindo, com um amor proibido entre judeu e árabe. Uma beleza surpreendenda da atriz Fanny Valette rouba as cenas do filme, especialmente quando se encontra com o argelino que toca seu coração e a faz ficar confusa com relação à sua religião. O filme mostra os bairros de imigrantes na frança, a vida dos imigrantes que escolheram a França como moradia. É uma fotografia belíssima e tem uma história dramática, que acredito se repita na sociedade atual. É, sem dúvida, a união do impossível com o indesejável e a dificuldade que o amor tem ao se encontrar com a religião, assim como a religião tem em justificar o pecado.


- A noiva da Síria (Eran Riklis). Este é um filme que assisti diversas vezes. Uma história que se passa diariamente em Israel com seus países vizinhos. É um filme feito com ajuda do Fundo de Cinema de Israel e que faz críticas ao Estado por seu modo de tratrar a questão fronteiriça com os países vizinhos. A dificuldade que as famílias tem em rever seus parentes que estão do outro lado da fronteira. No caso específico, uma garota sem nacionalidade (por ter perdido quando Israel anexou o Golan da Síria) se casa com um Sírio. Sem se conhecer a garota se sente assustada e com medo de ir ao encontro do rapaz, pois sabe que nunca mais verá a família se abandonar o Estado israelense, mesmo não sendo cidadã.


-Walk on Water (Eytan Fox). Filme ganhou diversos prêmios, mas traz uma trama e uma aventura muito interessante e diferente de tudo o que já vimos. Um funcionário de Israel vai atrás de um nazista vivo. Ele passa a ser amigo do neto do nazista que é homossexual e começam a ser amigos, a ponto deste defender o garoto homossexual da família e de pessoas na rua. A história é rica em assuntos e negociações, um filme verdadeiramente de avetura com significado e mensagem positiva no final. Rever a história do nazismo e voltar no passado não deve ser um assunto fácil para os israelenses. Ir até a Alemanha e encontrar o assassino de sua família deve ser mais complicado ainda, agora imaginem fazer amizade com o neto de um nazista nessas condições? Realmente o filme é recomendado e muito interessante de ser visto.

-Yippee (Paul Mazursky). Documentário feito por um cético em visita a cidade de Uman, na Ucrânia. A cidade é um centro de peregrinação a judeus de todo o mundo para ver o túmulo de Rabbi Nachman de Breslov. Acredita-se que em Rosh Hashaná (ano novo judaico) os pecados podem ser anulados se visitarem este tumulo recitando salmos e fazendo caridade. O documentário é muito interessante e esclarecedor para os curiosos que desejam um dia visitar a cidade de Rabbi Nachman e seu bisavô, o Baal Shem Tov. Paul Mazursky é um famoso cineasta americano, mas neste filme dedica-se a um comentário jamais pensado e idealizado por alguém. Vai até a remota cidade de Uman, na Ucrânia pra ver o que acontece e o que é tão especial para esses judeus que passam um bom tempo para chegar até lá. É uma saga que poderá provar se ele é ou não uma pessoa religiosa, deixando de ser cético. Confira e veja o que ele concluiu no fim de sua viagem.

- Tempos de Paz (Daniel Filho). Filme brasileiro com Tony Ramos e Dan Stulbach. O filme é bom, interessante, mas nos deixa com vontade de ver e saber mais do que irá acontecer com o personagem, que chega em território brasileiro mas não sai da alfândega, ou seja, a parte da imigração. Isto se passa em dias depois do fim da II Guerra Mundial, quando um navio de imigrantes italianos chega ao Brasil. Gostei porque é uma história que ocorreu com frequência com as famílias brasileiras e é fácil de se achar famílias que passaram por algo parecido. Também mostra a época dura das dificuldades de uma Guerra e das posições do Governo para a ocasião. Fico feliz por ser um filme brasileiro.



- Kadosh (Amos Gitai). Filmes de Amos Gitai são sempre muito interessantes. Este nos coloca no lugar de uma família religiosa de judeus. O filme explora a vida destes judeus que vivem no bairro religioso de Israel chamado de MeaShearim. A mulher é altamente devotada ao marido, mas o casamento deles continua sem filhos. Assim, ela é rejeitada pela comunidade pelo fato de não ter filhos. Sua irmã, se apaixona por um homem que abandona a vida religiosa por uma vida secular, também causando problemas para a família. O filme envolve uma polêmica feminista muito grande e relata um pouco do sofrimento e inquietações vividas pela mulher judia em alguns casos. Obviamente que o filme não se restringe ao público israelense, uma vez que estas questões estão cada vez mais atuais em diversas comunidades e sociedades.

- Sonata ao Inverno (Bae Yong Joon). Deliciosa série sul-coreana de 20 capítulos que é repleta de romantismo e enredo. Claro que boa parte da trama envolve maldade e ruindades, mas não se compara com as novelas brasileiras. É um seriado mais "mamão com açúcar" para ver comendo um salgadinho, fazendo um lanche, de preferência à noite, com a janela aberta deixando o frio entrar. A história é bonita e muito bem escrita, tenho certeza que fez sucesso não só na Coréia do Sul como no Japão e em outros lugares. A trilha sonora é boa, mas repetida durante todos os capítulos e a demora em acontecer alguma coisa nos deixa um pouco frustado. De toda forma, a série é muito recomendada aos adolescentes, pois é bonita e bela para aquelas pessoas que acreditam no amor de verdade. Confiram!

- Uma juventude como nenhuma outra (Vardit Bilu e Dalia Hager). Outro filme israelense de muito respeito. O filme que faz uma critica ao próprio sistema militar do país retrata como é a vida de uma adolescente que entra no exército de Israel. É interessante destacar que lá todas as adolescentes são obrigadas a servir o exército. Duas jovens tem a tarefa de patrulhar as ruas da cidade, com ordem para deter os palestinos que encontrarem no caminho, checar seus documentos e os registrar em um formulário especial. Sempre passam por problemas e nem sempre conseguem cumprir as ordens. Também conhecemos o outro lado da moeda, que é o descuido por parte delas da patrulha até a ocorrência de um atentado. Até que ponto devem se proteger e até que ponto devem ser levianas ou flexíveis com relação à situação?

- O Violinista no Telhado (Norman Jewison). Musical americano que retrata a vida dos judeus russos na época dos czares. É uma lição de vida para aqueles que reclamam de tudo. Minha crítica é somente para o número de canções, mas como se trata de um musical, não poderia esperar menos do que isso. Muitas das músicas do filme tornaram-se verdadeiros hits conhecidos em todo o mundo. A história é curiosa e nos mostra o violinista que existe em cada um dentro de nós. Acho que o filme ganhou muitos prêmios e até hoje é recorde de venda. Achei o meu exemplar em Buenos Aires, pois não encontrei no Brasil. De toda forma, acredito que em São Paulo será possível achar uma cópia.



- Filhos do Paraíso (Majid Majidi). O melhor filme iraniano na minha opinião. É também um dos melhores filmes que já vi. É puro, sensível, um filme lindo que dá vontade de chorar pela pureza, pelo sentimento e por muitas outras coisas mais. A inocência de duas crianças amendrotadas e cumplices por um fato que não se contitue em crime, mas para não perturbar os país, que no momento estão preocupados com salário, com aluguel, com problemas de saúde, resolvem esconder o desaparecimento de um sapato. Pra isso, fazem um revezamento que nos deixa sem ar de tanto cansaço. E em um ato heróico o irmão passa a tentar ganhar o prêmio de 3 lugar em uma corrida na escola, deixando um verdadeiro final comovente no fim do filme.


- A cor do paraíso (Majid Majidi). Mais um clássico iraniano que nos mostra o mundo por meio dos olhos de um garoto cego. O sentimento, a vida e a beleza do filme é comovente e marca o cinema iraniano que se caracteriza por filmes dramáticos com conteúdos singelos e bucólicos, tocando nossa alma e nossos sentimentos toda vez que assistimos um filme iraniano. Majid Majidi realmente sabe fazer um bom filme, com enredo, história e música propícias. A fotografia, a paisagem e o diálogo do filme é impressionante. Acredito que as crianças de todo mundo deveriam assistir nas escolas filmes como este para se tornarem pessoas mais tolerantes e melhores. É um ensinamento de vida para qualquer ser humano e com isso, teríamos uma tolerância e uma aceitação bem maior do outro, do próximo, sem qualquer preconceito.

- A Banda (Eran Kolirin). Este é outro israelense muito interessante. Retrata a ida de uma banda egípcia para Israel e se depara com uma cidade que não estava em seu mapa. Apesar da dureza israelense, os visitantes são bem recebidos e aproveitam a estadia na casa de uma senhorita muito interessante. Certamente com uma história curiosa de vida e a amargura dos seus dias na terra transparecem na expressão de seus olhos e no caminhar cançado pela casa. O filme é uma ótima oportunidade de ver vizinhos, judeus e árabes juntos, ajudando uns aos outros e também serve de exemplo pra esse mundo maluco que vivemos.

- Lemon Tree (Eran Riklis). Filme extremamente interessante. Demonstra o sofrimento e a agonia da vizinha do Ministro de Defesa de Israel. Tudo poderia ser mais tranquilo se ela não fosse palestina e tivesse em seu quintal um pomar de limoeiros. O enredo é criativo e nos leva a conhecer a burocracia israelense, assim como os tribunais e, também, a forma que o conflito poderá ser resolvido. Também mostra o sofrimento de uma mulher palestina garantir seu sustento tendo que enfrentar a justiça israelense com um advogado que a ajuda a ir até a última instância, mas que no final a surpreende. É altamente recomendado por mim, especialmente porque Eran Riklis é um grande diretor e levou meu carisma neste filme.


- Segredos Íntimos (Avi Nesher). A beleza das atrizes deste filme deixam qualquer um louco. A história de uma judia religiosa que quer ser rabina também é tema deste belíssimo filme, que mistura o homossexualismo, que é muito presente em Israel, assim como as dificuldades que as pessoas tem em aceitar umas as outras. A vida em uma escola religiosa também é bem explorada e imagens de Safed, a cidade cabalista, pode ser apreciada neste rico filme. Uma história talvez pouco conhecida e vista na sociedade é abordada de uma forma muito simples e bem real, nos transportando para dentro do filme. Imperdível!!!




- The Six Wives of Henry VIII (Rick Wakeman). Rick Wakeman por si só é conhecido como o Mago dos Teclados. Sempre tem um álbum conceitual, com início meio e fim. Com músicas marcantes e um discurso ou história que acompanha as músicas, Wakeman traz história de livros como Jornada ao Centro da Terra e As seis esposas de Henrique VIII para o cenário musical. Neste DVD, que é uma releitura antiga, Wakeman realiza um sonho dele e dos seus fãs que há mais de 36 anos ele tentava. Apresentar o espetáculo no Castelo Real de Hamptom. A luz, as músicas e o cenário e os arranjos deram ao DVD uma verdadeira emoção. Assim como em "Viagem ao Centro da Terra", Wakeman convida um narrados "Blessed" é o nome dele, que faz juz ao nome, porque realmente faz uma grande diferença ouvir o DVD e assistir com a narração da história. Não deixem de assistir.


-Jeca e a Égua Milagrosa (Amácio Mazzaropi). Filmes de Mazzaropi são os mais puros e engraçados. No Brasil ainda não conheço comédia tão sadia como a dele. Neste episódio uma disputa eleitoral entre dois pais de santo levam Jeca a encarar muita confusão. Sua falecida mulher, interpretada por Geny Prado, aparece como alma e consegue desvendar o paradeiro do filho do Coronel Arnaldo. Uma comédia romantica, com ação e aventura e o toque do interior do nosso Brasil, aquele clima de fazenda onde só se encontra em Mazzaropi. É um filme para toda a família, especialmente para as crianças que não tiveram a oportunidade de vivenciar uma época tão interessante quanto à retratada no filme.



- Johnny English (Peter Howitt). Rowan Atkinson é um dos meus comediantes favoritos. Ele, Mazzaropi e Roberto Bolaños formam uma trilogia que é insuperável na minha opinião. Neste espetacular filme, que é empolgante e engraçado do início ao fim, Atkinson, nosso eterno Mr. Bean, interpreta um agente secreto do serviço de inteligência do Reino Unido. Na verdade ele "sem querer" mata o agente e acaba ficando encarregado de descobrir quem roubou as jóias da coroa inglêsa. Muita coisa vai acontecer durante sua busca e no fim das contas não é que ele é um bom agente? Claro, não poderia ser diferente. É um filme muito engraçado e recomendado a todos em casa. Eu comprei duas vezes este filme. A primeira versão que eu tinha me tomaram, mas tudo bem, espero que ela esteja se divertindo com o filme e que se lembre de mim, mas a segunda versão eu não empresto mais a ninguém, pois é muito bom!

Candinho (Amácio Mazzaropi). Um filme muito interessante baseado no livro de Voltaire, chamado "Candido". Além de misturar o otimismo de Voltaire, Mazzaropi buscou inspiração bíblica para retratar seu personagem que é encontrado na beira do Rio que passa pela Fazenda Dom Pedro II, em Piracema-MG. Trata-se de um bebê encontrado como Moisés, em uma cesta, possivelmente abandonada. O filme é muito inteligente e conta com a presença de Adoniram Barbosa, que sem dúvida é um excelente comediante. Apeasr do filme ser preto e branco, arranca verdadeiras gargalhadas e nos traz uma mensagem positiva de que tudo o que se passa em nossas vidas e no mundo é para o melhor. Nada é feito para o mal. Na minha opinião o problema é que nem sempre queremos ver ou conseguimos ver o bem nas coisas ruins. Mas acho que assistir ao filme já é um grande exercício para a vida.

De Bico Calado (Niall Johnson). Um filme interessante, porém diferente dos que estava acostumado a ver com Rowan Atikinson. Neste filme, o "Mr. Bean" faz um papel de vigário, de pastor de uma comunidade de 57 pessoas apenas, na Inglaterra. Comprei o filme achando que era uma comédia, pois logo que vi "Bean" na capa pensei: "puxa, preciso mesmo de rir". Mas o filme não é tão engraçado. É um suspense, com mistério e romance. É intrigante, mas há maldade e cumplicidade no filme. Claro que como fã não poderia deixar de dizer que gostei, mas tenho certeza de que o filme não emplacará como outros personagens feitos por ele. A impressão que tenho é que toda vez que ele participa de um filme ele não é o protagonista, ele é mais uma escada, apesar do filme apresentá-lo como tal. Não sei, acho que o filme gira em torno dele, mas no fim ele fica meio de fora das cenas. É, no mínimo, curioso. Então, veja!

Chaves (Roberto Bolaños). É o seriado mais assistido no Brasil desde a década de 70, se não é, foi. Isso é inevitável, quem não gosta não pode dizer que o programa não fez sucesso. Também não se pode dizer que nunca viu, pois é impressionante como todos conhecem. A inocência e os bordões são o forte do programa. Um cenário que raramente muda (Uma vila-subúrbio) é onde tudo acontece na vida de um personagem que se diz ser uma criança de 8 anos e com seus "vizinhos" aprontam com os outros personagens, mais velhos. Fez tanto sucesso que até os dubladores do programa são conhecidos pelas pessoas. Uma série que entrou para a história que irá fazer 40 anos de sucesso. Roberto Bolaños descobriu, realmente, o segredo do sucesso e até hoje colhe os frutos. Existem disputas judiciais e outros detalhes sobre o programa, mas acho que o seriado é tão bom que não vale a pena ficar buscando e procurando as brigas pessoais. Acho que prefiro a inocência do programa ao saber que na vida real as coisas não funcionam assim.

Melhor é impossível (James Brooks). Este filme se parece muito comigo. Como sou um sujeito cheio de manias e um pouco sistemático, as vezes me sinto parte do filme. Obviamente que a caricatura do filme é feita para exagerar o personagem, mas é comum alguém ser um pouco metódico ou organizado em excesso. Filme com animais não faz meu estilo, mas este particularmente dá um toque comico e deixa as coisas mais suaves. Jack Nicholson é, por natureza, um dos homens mais charmosos da TV e isso nos faz curiosos para assistir e querer ser, ao menos uma vez na vida, tão fantástico quanto ele, especialmente com as mulheres. Eu bem que gostaria de ser um Jack Nicholson e duvidaria qual mulher não resistiria ao meu charme. Não deixem de ver esta comédia romântica que ensina muitas coisas na vida, principalmente para quem tem alguma dificuldade de relacionamentos.

Poesia (Lee Chandong). Filme doce, simples, humano. Sem contar as paisagens sul-coreanas e a pureza da atriz, o filme é extremamente atual e muito bem escrito. Delicado e ingenuo. Retrata a vida de uma senhora com seus problemas do dia-a-dia, como de uma pessoa normal. Sem ficção, sem exacerbação dos filmes americanos. O filme nos mostra uma realidade que nos atinge diariamente, em nossas casas e vidas. Não se pode deixar de conferir e assistir um filme como este. Problemas na adolescência, na melhor-idade e , ainda, doenças como Alzheimer estão presentes no conteúdo do filme. Uma aquisição que todos amantes do cinema devem adquirir.




O que resta do tempo (Elias Suleiman). Filme confuso, difícil de entender, cheio de cenas que vão e voltam. É necessário ter um bom conhecimento da situação do Oriente Médio, especialmente com relação ao conflito árabe-israelense, pois o filme é uma espécie de sátira da situação. O filme é contato em três momentos diferentes e o próprio diretor é o ator do filme em um determinado ponto no final. O filme é tocante pois é interpretado e escrito por alguém que viveu a situação, então é uma visão única, não é dada resposta ao outro lado, entretanto, uma forma tocante e de um humor pesado que nos faz pensar sobre a situação. Interessante ler sobre o filme antes e depois assisitir, especialmente para quem não tem costume com o tema. Recomendo, mas é necessário paciência e vontade de ver o filme. Fica a dica!

Portugal...Minha saudade (Amácio Mazzaropi). Mais um clássico. Dessa vez, o destino separa dois irmãos gêmeos. Um fica em Lisboa e o outro parte para Taubaté-SP. Um rico e o outro pobre e apenas se correspondem por cartas. A família em Taubaté goza de certo prestígio, mas isso devido ao filho que se formou e virou Doutor! Graças ao esforço e trabalho do pai, interpretado pelo inesquecível Mazzaropi. O problema é que a sogra do filho não aguenta a humildade do pai de seu genro e logo começa a confusão. Um filme leve, emocionante e repleto de cenas inesquecíveis de Lisboa e Taubaté nos anos 70. A cores, Mazzaropi dá um banho de produção. Não só por interpretar dois papéis ao mesmo tempo, mas por trazer um tema tão corriqueiro para a tela do cinema.