terça-feira, 3 de agosto de 2010

O reflexo do neocolonialismo no hemisfério sul: a II Revolução Industrial

Diferentemente da I Revolução Industrial, que ficou restrita à Inglaterra, a II Revolução Industrial teve uma abrangência maior, perpassando pelos EUA, Europa e Ásia. Acredita-se que ela tenha começado no Século XIX. Depois do carvão e da locomotiva (inovações surgidas na I Revolução), aparecem neste momento o motor à explosão e o petróleo. Também o ferro passa a ser substituido pelo aço e surgem os diferentes tipos de Administração. Mudanças significativas para o nóvo século!


O Fordismo surge com suas linhas de produção em montagem em série (sistema de administração). O ponto negativo deste sistema é que o trabalhador, mais do que na I Revolução, ficava mais alienado, pois somente se inteirava de sua parte do sistema produtivo, não conhecendo os outros segmentos. Assim seguiu o mesmo exemplo no Taylorismo, que dividiu entre funções intelectuais e funções laborais. A nova Revolução buscava um aumento na produtividade e também demonstrava a necessidade por novos mercados consumidores, assim como novos fornecedores de matéria-prima.

Este sistema de “grande produtividade” deu origem ao que chamamos de neocolonialismo, isto é, as potências produtoras “colonizavam” países da África, Ásia e América (central e sul) para fornecerem matéria-prima e, uma vez industrializados, os produtos eram exportador para os países fornecedores.

Eu acredito que este neocolonialismo seja a fonte do atraso nos países do sul. A política “do norte” atendia aos interesses comerciais das nações de fato envolvidas com a Revolução Industrial. Por outro lado, os governantes do sul não estavam muito interessados com o desenvolvimento do país e sim com os interesses dos grandes latifundios. Muitas vezes os governantes eram proprietários e exportadores de matéria prima e para eles valia a pena exportar e não se preocupar com o desenvolvimento nacional. A economia da época atendia aos interesses exclusivos daqueles que de fato estavam envolvidos com o sistema agrário produtor-exportador.

Assim, tinhamos um equilíbrio. As nações industrializadas não queriam que outras surgissem para competir, por outro lado, pagavam pelas matérias primas, que eram fornecidas por aqueles que controlavam a economia dos países. Nessas condições, os países fornecedores de matéria-prima, sem tomar ciência disso, tornavam-se “colônias informais” dos “importadores industrializados”.

A economia e a política mal planejada fez com que o desemprego nos países fornecedores de matéria-prima prejudicasse o desempenho econômico das nações, que até hoje sofrem os relfexos da I e II Revolução Industrial. Além do fracasso político de muitos países, o problema com a situação economica era grave. Muitos países se tornaram agrícolas por “imposição economica” da Europa e EUA, a mão-de-obra não se especializou e o trabalho manufaturado não suportava a demanda. Tenho pra mim que este é um dos fatores determinantes para o pouco sucesso industrial e economico dos países do sul nos dias de hoje.

Ademais, acrescento que quando não nos preocupamos com o futuro (me refiro ao futuro de todos) nos tornamos responsáveis por qualquer tipo de desgraça que possa ser sucitada. Por exemplo, questões do meio ambiente, questões economicas, políticas dentre outras. Se pouparmos água, vamos ter no futuro, se lutarmos por um bom representante, garantiremos a democracia no amanhã, se evitarmos o endividamento e políticas economicas pouco viáveis, teremos a certeza de um país mais jutso e assim por diante.

Um comentário:

Unknown disse...

Nossa... Como você escreve bem! Parabéns pelo blog! Com o tempo vou lendo com mais calma.
Rui, sobre o Caraivana não conheço nenhum deles. Quem eu vejo sempre é o Dudu Maia porque temos amigos em comum. =/
Fica em paz,
Bjoooos

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