terça-feira, 3 de agosto de 2010

Direita, esquerda, direita, esquerda, direita, esquerda...volver!!!

Não sou comunista, nem tenho pensamentos voltados para a “esquerda”, se é que isso ainda existe. As mudanças no mundo são tantas que não podemos dizer que o Presidente da República é de esquerda, já ouvi muita gente dizendo que essa separação já acabou e somente os mais atrasados persistem em diferenciá-la. Pois bem, na minha opinião, isso surge juntamente com a Revolução Industrial, do século XVIII. A Revolução Industrial foi um conjunto de mudanças tecnológicas que promoveram impacto profundo no processo produtivo, cujo reflexos influenciaram na área economica e social. Ela começou na Inglaterra, em meados do século XVIII e expandiu-se para o mundo a partir do século XIX.
Basicamente foi a mudança de uma economia agrária (manual) para uma economica dominada pela indústria. As mudanças foram várias, em diferentes áreas, tendo em vista os seguintes fatores: uso de novas fontes de energia, invenção de máquinas (aumento da produção), desenvolvimento da divisão internacional do trabalho, melhoria nos transportes, urbanização, aumento da possibilidade de comunicação, terra deixou de ser fonte de riqueza e ascenção da burguesia (sustenta o sistema capitalista).
O carvão se apresenta como nova fonte de energia na época e seu uso que fez com que muitas florestas na Europa fossem derrubadas. Mas hoje o desmatamento e as questões ambientais se voltam para os países do sul. Fica a pergunta aos conterrâneos Europeus do porque cobrar dos “povos do sul” uma responsabilidade com a proteção do meio ambiente se foram eles que deram início ao processo de destruição com a I Revolução Industrial? Acredito na repartição da responsabilidade, mas não acho que este assunto deva ser conduzido por aqueles que exterminaram toda a cobertura original das florestas do norte. O papel de liderança no assunto deve ficar com países do sul.

Pois bem, voltemos à I Revolução. É com todas essas mudanças que surge a maldita separação de classes. É, essa mesmo: a luta de classe. De um lado aparece a burguesia e do outro o proletário, a classe trabalhadora. Essa diferenciação também é ortodoxa e “puxa a sardinha” para o lado esquerdo da conversa. Bom, de toda forma, com a separação, a classe operária começa a se organizar por meio de sindicatos para reivindicar melhoria no salário e condições de vida. Aliados a isso, surgem, igualmente, os teóricos que defendem a classe operária e incentivam a luta dos trabalhadores, e, dái, Karl Marx (judeu-alemão), considerado o pai do socialismo científico, aparece.
Outros teóricos, como Adam Smith, também defendem a separação de classe, afirmando, diferente de Marx, que existe uma mão invisível, controladora da economia e por isso o Estado não precisaria intervir. Aparece, então, o Laissez-faire (deixar fazer), o liberalismo clássico que se definia como teoria da Revolução Industrial. Para ele, existiam leis, como na natureza. Esta era a lei da oferta e da procura (lei de mercado), onde sempre existiria uma tendência ao equilíbrio. O Estado não deveria intervir nas relações econômicas.
Temos, assim, o que costumam chamar de direita x esquerda. Karl de um lado e Adam de outro. A partir dessa separação muitas teorias e teóricos irão disputar espaço nas discussões políticas, economicas e sociais no mundo. As pessoas se apaixonam pelo sentido dado às palavras e à emoção muitas vezes toma conta de uma discussão, muitas vezes infundadas. Hoje, não consigo mais enxergar um mundo assim. Evidentemente que existem países ainda presos ao sentimento comunista-socialista, mas estou certo que poucas pessoas no mundo ainda interpretam dessa forma o “equilíbrio” em que vivemos. Salvo também aos problemas de desigualdade nos países do Sul, mas não vejo a discussão “diretia-esquerda...” presente e sim, ingerência dos governos e corrupção política muito forte nas democracias do hemisfério sul, acho que não mais diferença de classes, pois nem trabalho o “proletário do futuro” tem!

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