sábado, 25 de setembro de 2010

"Tudo é para o melhor neste mundo"

Está foi uma frase que encontrei em um filme genial do Mestre Amácio Mazzaropi, assim como eu, ítalo-brasileiro, filho de imigrantes italianos e possivelmente da mesma região, o Veneto. No filme "Candinho", Mazzaropi faz uma sátira da obra de Voltaire, "Cândido". Talvez seja a melhor obra de Voltaire ou, ao menos, a mais conhecida. No caso de Mazzaropi, não sei se é o melhor filme, mas é igualmente famoso.

O filme, que conta com a participação de outro Mestre, Adoniram Barbosa, igualmente ítalo-brasileiro e filho de imigrantes da região do Veneto, interpreta o professor Pancrácio, que na literatura de Voltaire seria Pangloss. A citada frase - tudo é feito para o melhor neste mundo - permeia o filme do início ao fim. Desde os letreiros iniciais até o desfecho do filme é dito e mencionado pelos atores que tudo o que acontece no mundo é para o melhor. "Sem duvidamente", como dizia "Pancrácio", é uma lição de vida que nos ensina utilizando a comédia do cinema e, melhor, desde o ano de 1954, quando foi lançado o filme.

O filme é tão inteligente que mistura Voltaire com o Moshe Rabeinu (Moisés), pois o personagem "Candinho" é encontrado dentro de uma cesta à beira do rio que tange os limites da Fazenda Dom Pedro II. Candinho é criado pelos donos da Fazenda, mas acaba assumindo tarefas de um escravo. História muito parecida com a de Moisés. Certamente foi inspirada para fazer o filme. De toda forma, volto a lembrar a frase que marca o filme "Tudo é feito para o melhor neste mundo".

Oras, isso é um ensinamento divino. Se você para pra pensar que tudo foi feito por D'us, logo nada pode ser ruim, isto é, não existe coisa ruim, não existe o mal, tudo tem de ser bom. Então o que acontece que as vezes nos irritamos, choramos, perdemos a paciência e ficamos fora de sí? Simples, não conseguimos enxergar as coisas boas. É, simples mesmo. Pensem comigo: nada é feito para o mal, certo? Então porque acontece o mal? Bom, a resposta é simples, o mal não é mal, o problema é que visualizamos o mal e não o bem. Se acaso procurar o bem dentro do mal verá que não há mal.

Um pouco complicado? É, talvez, mas é mais do que simples. É um exercício que deve ser treinado diariamente. Primeiro sugiro ver o filme, pois no filme é possível ver que em todas as situações que parecem ser terríveis, más, o personagem principal, Candinho, não vê o mal, ele tenta superar as dificuldades utilizando a frase "tudo é para o bem". Assim ele vai vencendo, vai superando e as coisas vão melhorando na vida dele. Não que seja ruim, mas é que ele realmente passa a ver com bons olhos o que a princípio parece ser ruim. É uma lição de vida e uma grande elevação espiritual conseguir enxergar o bem em coisas aparentemente ruins.

Lembro, somente, que o Eterno não faz o mal. Realmente não faz. Se ele existe é por conta do homem, mas mesmo assim, tendo em vista a supremacia, a unicidade, a força e os desejos do Eterno, não acredito que algo neste mundo seja ruim, mesmo o que possa parecer. Não acredito nem quero acreditar no mal, pois tudo é para o bem e eu aviso, é, sem dúvida alguma, para o bem. Tentem ver, ler e chegarão a entender que: Tudo é para o melhor neste mundo. Voltaire, Mazzaropi, eu e um monte de gente neste mundo já sabemos disso. Falta você!

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