segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Em cada porção do mal há um pouco do bem

Em minhas reflexões sobre a alma, sobre nossas atitudes e sobre os caminhos que as paixões dão as nossas vidas, me inspiro em mais um pouco de Rabi Yehoshiahu Pinto para falar sobre o coração de cada um de nós, de nossas atitudes e seus reflexos, assim como de nossas paixões, vícios e virtudes. Nem sempre podemos dizer que o mal é presente em sua totalidade, e é por isso que hoje escrevo sobre a pequena porção do bem que há em cada coração mau.

Por menor que seja, não devemos admitir que uma pessoa é puramente má. Principios e razões boas rondam aquela pessoa, mas as condições nem sempre são favoráveis para que o bem seja a melhor alternativa para ela. Claro que não é um argumento de defesa para quem é mau ou faz o mal, mas é uma chance mínima que cada ser humano tem de reverter seu caminho, mudar sua vida e escolher o bem para dar sequencia á sua missão na terra. O ser humano é bom por natureza, a vida e sua conduta é que o fazem praticar o mal. Ainda acredito na teoria do papel em branco, a qual todo ser humano nasce. Mas também acredito que a memória já vem preenchida de outras informações contidas na alma, que devem ser resgatadas. Talvez seja um conceito complexo, por isso, esqueça no momento.

Voltemos para o bem e o mal. Sobre o assunto, é bom lembrarmos das paixões. São elas complicadas e as vezes nos levam a tomar decisões más, nos levam a machucar pessoas, outros corações. Isso porque o coração nem sempre sabe responder às incertezas da vida. Ele não é o mais certo para falar sobre bem e mal, porque ele é paixão, imediatista, ausente de razão, repleto de emoção. Está fora do contexto qualquer decisão tomada de imediato, ainda mais se estiver relacionada ao coração, à paixão. " A paixão é como um braço de ferro, que segura o homem pelo cume da torre onde ele se encontra e o atira fortemente ao solo".

Assim, devemos voltar ao tema da paciência, da prudência, cientes, agora, de que nem sempre o mal é repleto de mal e que em todo mal há um pouco de bem. Resta-nos agir com razão e largarmos as emoções quando temos de tomar decisões que exigiam uma meditação, uma preparação prévia. Seremos muito melhores se levarmos isso para nossa vida inteira.

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